Os bebês reborn são bonecas hiper-realistas feitas artesanalmente para se parecerem com recém-nascidos reais. Nos últimos meses, esse universo ganhou os holofotes no Brasil – tanto por seu apelo emocional quanto por polêmicas envolvendo seu uso em locais públicos e até projetos de lei em discussão no Congresso. Mas afinal, o que está por trás dessa febre?
Neste artigo, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre o tema: desde a origem dos bebês reborn até os debates atuais e os motivos que explicam por que essas bonecas encantam (ou assustam) tanta gente.
O que é um bebê reborn?

Um bebê reborn é uma boneca feita com extremo realismo, muitas vezes com pele que imita a textura e coloração de um bebê de verdade, cabelo implantado fio a fio, e até mesmo peso corporal semelhante ao de um recém-nascido. O processo de criação pode levar dias ou semanas e envolve diversas técnicas artesanais.
Essas bonecas são produzidas por artistas conhecidos como “reborners”, que utilizam kits especiais, tintas específicas e materiais como vinil e silicone para alcançar o nível de realismo desejado.
Para que servem os bebês reborn?
Os bebês reborn não são apenas brinquedos. Eles são utilizados por diferentes públicos para finalidades diversas, como:
- Uso terapêutico: ajudam pessoas que lidam com perdas gestacionais, solidão, ansiedade ou Alzheimer.
- Colecionadores: muitos adultos colecionam essas bonecas como forma de arte.
- Entretenimento e criação de conteúdo: vídeos e “rotinas de cuidados” com reborns fazem sucesso no TikTok e YouTube.
- Venda de kits personalizados: há um mercado crescente de acessórios, roupas e berços voltados para esse nicho.
A polêmica dos bebês reborn no Brasil
O interesse recente pelos bebês reborn ganhou ainda mais força com a repercussão de vídeos de adultos simulando passeios com as bonecas em locais públicos – inclusive utilizando filas preferenciais. Essa situação levou o assunto até a Câmara dos Deputados.
O Projeto de Lei 2320/2025, por exemplo, propõe que adultos que tentem utilizar bonecas reborn para obter benefícios de atendimento prioritário sejam penalizados.
Além disso, há iniciativas que sugerem assistência psicológica para pessoas que desenvolvem laços afetivos profundos com as bonecas, algo que levanta questões sobre saúde mental, direitos e limites do uso público.
Bebês reborn nas redes sociais: entre o afeto e a viralização
As redes sociais têm papel fundamental na explosão de interesse por esses bonecos. Há perfis com milhões de visualizações que mostram:
- Trocas de roupa diárias com os bebês reborn
- Rotinas de “alimentação” e passeios
- Unboxings e resenhas de novos modelos
- Reações de pessoas em público
Enquanto muitos usuários encaram isso como entretenimento, outros levantam questões sobre até onde vai a fantasia e onde começa o desequilíbrio emocional.
Oportunidade de negócio ou arte?
Para além das discussões, o mercado de bebês reborn é altamente lucrativo. Influenciadoras digitais, artesãs e pequenas marcas estão faturando com:
- Kits para iniciantes
- Cursos para reborners
- Acessórios e roupinhas personalizadas
- Serviços de personalização (cor de pele, cabelos, gênero)
Segundo reportagem da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, há quem fature mais de R$ 10 mil por mês com esse tipo de negócio.
Bebês reborn: moda passageira ou tendência duradoura?
Apesar da controvérsia, o uso de bebês reborn já existe há mais de 20 anos. A diferença é que agora ele ganhou alcance digital e exposição em escala nacional. Com a combinação de aspectos emocionais, artísticos e comerciais, tudo indica que o fenômeno ainda vai crescer.
Conclusão
Os bebês reborn são um fenômeno multifacetado. Por um lado, encantam pela delicadeza, pelo valor artesanal e até pelo conforto emocional que proporcionam. Por outro, geram debate sobre saúde mental, ética e uso indevido em espaços públicos.
Independentemente da sua opinião, é inegável: os bebês reborn são um retrato contemporâneo da relação entre afeto, consumo e identidade.
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