A chegada do bebê é um momento transformador, e a amamentação costuma ser vista como algo natural e instintivo. Mas, para muitas mães, o início da amamentação pode ser cercado de dúvidas, dores e frustrações.
Neste artigo, vamos desmistificar a ideia de que amamentar tem que doer, explicar o que é normal sentir no início, quando procurar ajuda e como tornar esse processo mais leve e prazeroso.
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Descubra se amamentar dói mesmo no começo, o que é mito ou verdade, e como aliviar os incômodos. Saiba quando é hora de pedir ajuda profissional.
Afinal, amamentar dói?
Não deveria.
Se a pega estiver correta, o bebê estiver bem posicionado e o mamilo saudável, a amamentação não deve causar dor intensa e persistente.
No entanto, é comum sentir sensibilidade ou um leve desconforto nos primeiros dias, enquanto o corpo se adapta a essa nova função.
Verdades sobre a dor na amamentação
1. Um pouco de sensibilidade no começo é normal
Nas primeiras mamadas, o atrito constante pode deixar os mamilos sensíveis, especialmente se for a primeira experiência da mãe. Porém, essa dor deve diminuir progressivamente em poucos dias.
2. Pega incorreta causa dor
Esse é um dos maiores vilões. Quando o bebê abocanha só o bico do seio (ao invés da aréola toda), a sucção machuca e causa rachaduras, fissuras e dor. É o principal motivo de desistência precoce da amamentação.
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3. Bico rachado não é normal
Muitas mães acham que faz parte, mas não é verdade. Fissuras e sangramentos nos mamilos são sinais claros de que algo está errado na pega ou na posição do bebê.
Mitos sobre a dor na amamentação
❌ “Se está doendo, é porque o leite está descendo”
A descida do leite (apojadura) pode causar certo inchaço e calor nos seios, mas não deve ser dolorosa ao ponto de incomodar a mamada.
❌ “É assim mesmo, toda mãe sofre no início”
Esse discurso só alimenta a culpa e a frustração. É possível, sim, amamentar sem dor, com orientação correta e apoio.
❌ “Tem que esperar o bico do seio ‘calejar’”
Mamilos não devem endurecer como calos. Isso é um sinal de lesão. O correto é tratar e ajustar a pega, não “aguentar até parar de doer”.
Quando a dor não é normal
É preciso buscar ajuda se você perceber:
- Dor intensa ou que piora com o tempo
- Mamilos com feridas, fissuras ou sangrando
- Bebê não ganha peso adequadamente
- Seios muito duros, doloridos e vermelhos (pode ser mastite)
Procure uma consultora de amamentação, banco de leite ou enfermeira obstetra. Quanto antes o problema for corrigido, mais chances você tem de manter a amamentação com sucesso.
Dicas para reduzir desconfortos no início da amamentação
✅ Invista na pega correta
A boca do bebê deve abocanhar grande parte da aréola, com os lábios virados para fora. Ouça o som da deglutição e observe se o queixo do bebê toca o seio.
✅ Mude a posição de amamentar
Experimente posições diferentes: tradicional, invertida, deitada, rugby… Cada mãe encontra sua preferência e conforto.
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✅ Mantenha os mamilos hidratados
Use o próprio leite para hidratar os mamilos após as mamadas. Ele tem propriedades cicatrizantes. Se necessário, use uma pomada de lanolina.
✅ Amamente sob demanda
Quanto mais o bebê mama, mais o corpo aprende a produzir o leite ideal. Isso também ajuda a aliviar a tensão nos seios.
✅ Peça ajuda sem medo
Você não precisa passar por isso sozinha. Pedir ajuda não é fraqueza — é autocuidado.
Conclusão: acolha seu processo
Amamentar pode ser desafiador no início, mas não precisa ser um sofrimento. Com informação, apoio e orientação adequada, você pode viver uma experiência de nutrição, vínculo e amor com seu bebê — sem dor desnecessária.
Se algo não parece certo, confie no seu instinto e busque ajuda. Você e seu bebê merecem esse cuidado.